Página Alma Pampeana 05/02/2013
ADÁGIOS
* Abichornado como viúvo que se deu bem em casado
* Abichornado que nem urubú em tronqueira
* Afiado como navalha de barbeiro caprichoso
Agarrado como carrapato em culhão de touro
ACONTECIDO
* 02/02/1778 – Dá-se a fundação do Colégio das Servas de Maria, p/crianças guaranis, na Aldeia dos Anjos/Gravataí, por José Marcelino Ramos.
* 02/02/1893 – Gumercindo Saraiva e maragatos invadem o RS por Bagé. Inicia a Revolução Federalista.
* 06/02/1928 – Nascia em Cruz Alta – RS Ciro Dias da Costa pioneiro do Piquete da Tradição – 1ª Ronda Crioula.
06/02/2000 – Falecia Leopoldo Rassier, músico, cantor e compositor.
DICIONÁRIO
DAR CORDA, expr. Puxar conversa para induzir o interlocutor a ir contando o que sabe. Estimular alguém a que discorra sobre determinado assunto. Afrouxar o laço, com o animal preso, para que vá se afastando até onde lhe for permitido.
DADO, s. O que é usual, habitual, de uso corrente; o que foi combinado. “O dado do laço é ter, pelo menos, oito braças de comprimento”, isto é, o comprimento mínimo usado para o laço é de oito braças. “Isso não foi dado”, isto é, isso não se combinou.
CONTRAMARCA, s. É a marca aplicada em dois lugares e tem por fim indicar que o animal que a traz deixou de pertencer ao proprietário dela.
ACONTECE
* 09 e 10/02/2013 – CTG Mate Amargo de Coronel Freitas promove o seu Rodeio Crioulo.
* 16/02/2013 – Jantar, Show e Fandango no Galpão do CTG Sangue de Farrapos de Chapecó – SC.
Mesa para 04 pessoas R$ 100,00.
* 22 e 23/02/2013 – Festival 5º Levante da Canção em Capão do Leão (RS).
SEPÉ TIARAJU
“SEPÉ é Santo porque ele nasce num povo organizado e santo. Foi o próprio Jesus Cristo quem disse: ‘Não há maior prova de amor do que dar a vida por aqueles a quem se ama’”. É com esta frase que Irmão marista, Antônio Cechin, define o herói dos guarani e um dos fundadores da Missão de São Miguel, Sepé Tiaraju. “No dia em que tombou mártir na Sanga da Bica, hoje cidade de São Gabriel, começaram a invocá-lo como santo protetor junto de Deus e herói maior do povo guarani ao longo de toda a sua história”. Segundo Cechin, a figura de Sepé, além de ser constante inspiração para a luta indígena no Brasil, “funciona como sinuelo que puxa a frente da arrancada do continente para ser também AMERÍNDIA e não simplesmente América Latina”.
Aos oito anos de idade, o menino Sepé teria ficado órfão de pai e mãe, vítimas da peste escarlatina. Já agonizantes, os progenitores teriam confiado o garoto ao Padre Miguel, jesuíta que, pouco tempo depois, teria “enxameado” com um bom número de índios, da Missão de São Luís Gonzaga para fundar a Missão de São Miguel Arcanjo, levando consigo Sepé, que havia adotado como filho. Além de outros títulos, Sepé seria também um dos fundadores da Missão de São Miguel – considerada, por muitos autores, a capital das Missões -, construída para celebrar os duzentos anos de fundação da Companhia de Jesus por Santo Inácio.
umpre lembrar sempre que Sepé nasce no povo organizado. Não se pode falar dele sem falar constantemente do povo guarani das Missões. Para os contemporâneos, além de prefeito ou corregedor da cidade missioneira de São Miguel, eleito em votação secreta com participação de todos os moradores, no último dia do ano de 1749, Sepé que não era cacique, foi também o comandante-em-chefe da guerra guaranítica contra os exércitos de Espanha e Portugal. No dia em que tombou mártir na Sanga da Bica, hoje cidade de São Gabriel, começaram a invocá-lo como santo protetor junto de Deus e herói maior do povo guarani ao longo de toda a sua história.
O historiador Aurélio Porto , em seu livro História das Missões Orientais do Uruguai (2ª ed. Porto Alegre: Selbach, 1954, 2 vol.), diz textualmente: “Os assassinos atiraram o corpo de Sepé no mato que margina o rio. À noite, voltaram os índios que o acompanhavam para dar sepultura ao cadáver. Cavaram junto ao rio uma sepultura e o enterraram com a dor correspondente ao amor que lhe devotavam, celebrando suas exéquias com os hinos e cânticos que acostuma a Igreja, embora sem assistência de sacerdote”
Os portugueses bandeirantes ou paulistas foram os mais terríveis inimigos do povo guarani das Missões. Nada menos do que uns 115 mil índios foram roubados das cidades jesuíticas pela força, levados a ferro para São Paulo.
A cobiça dos Sete Povos das Missões por parte dos Portugueses, cuja frente estava o Marquês de Pombal culminou com o Tratado de Madrid aonde se mancomunaram os dois impérios de Espanha e Portugal. No dia 13 de janeiro de 1750, estabeleceram a troca dos Sete Povos do Rio Grande sob o domínio espanhol, pela Colônia do Sacramento sob o domínio português. Foi aí que se agigantou a figura do Prefeito ou Corregedor de São Miguel, nosso santo-herói Sepé Tiaraju. Tombou como mártir pela justiça, na chamada guerra guaranítica, ao lado de 1.500 companheiros, ao grito de “Esta terra é nossa! Nós a recebemos de Deus e do Arcanjo São Miguel! Somente eles nos podem deserdar!”
Os missionários conseguiram então autorização do rei da Espanha para formar em cada cidade um exército indígena. Aconteceu então a famosa batalha de M’Bororé em que os índios foram vencedores. Os mamelucos paulistas, a partir dessa vitória indígena, deixaram em paz os índios durante 150 anos. Foi o período áureo das Missões.
CULINÁRIA GAÚCHA
BIFE DE FÍGADO ACEBOLADO (04 PESSOAS).
Ingredientes:
2/4 Kg de fígado; suco de ½ limão; 05 dentes de alho; pimenta do reino; 05 cebolas; 02 colheres de sopa de massa de tomate e tempero verde a gosto.
Preparação: Congele a posta de fígado. Ainda congelado, retire a pele que envolve a carne. Antes de descongelar totalmente, corte em bifes. Corte as cebolas em rodelas. Frite os bifes. Quando estiverem prontos, coloque as cebolas na gordura que sobrou dos bifes e acrescente a massa de tomate diluída em um copo de água, com uma colherzinha de sal. Junte duas colheres de sopa de tempero verde picado, misture tudo e deixe ferver por 10 minutos. Ponha os bifes em uma travessa e despeje o molho acebolado por cima.